“Eu te dou minha vida, pois é tudo o que eu tenho pra dar”. E assim é a letra de uma música que eu estou ouvindo. E, com ela, lembrei de inúmeras vezes que cantei essa letra, chorei, orei e disse a Deus que jamais O deixaria. Quando um familiar meu teve câncer e foi curado, chorei e cantei louvores a Deus, contando-Lhe o quanto O amava e que jamais olharia para trás. Na igreja, inúmeras vezes, cantei que iria vencer, seguir em frente, nunca abandonar meu Senhor. Proferi palavras em oração, louvando a Deus e prometendo minha fidelidade. Promessas e mais promessas.
Prometi amor e confiança. Mas nem sempre cumpri. Fui pego, assim como diz o ditado, pela boca. Nem tudo o que prometi no passado, cumpri. Deixei a desejar, blasfemei, gritei. Pequei, e muito. Abandonei minha fé em diversos momentos e, ao contrário do que havia confessado, agredi ao Senhor com minhas atitudes. Tentei olhar pra frente e esqueci de lembrar dos meus benefícios. Esqueci, sim, das inúmeras vezes em que Deus foi bom comigo, em que limpou meu coração e me segurou em Suas mãos. Eu atribuí isso tudo ao meu próprio cuidado e à sorte. Feri Seu coração e menti para mim mesmo, acreditando que sozinho estaria melhor.
Minhas promessas foram jogadas ao esquecimento. As palavras que eu mesmo disse, em momentos de certeza e determinação, já não faziam parte da minha memória. E, graças a alguns meios que Deus usa, Ele as trouxe à tona. Deixaram o fundo do mar para subir e serem vistas novamente. E eu, avistando-as, me envergonhei. E Deus, na Sua infinita misericórdia, me perdoou. E isso não significa que eu possa fazer isso novamente, mas eu sei que o farei, pois sou falho. Espero que eu fale menos, então, e faça mais.
Promessas e mais promessas não prometem. Obrigado Deus pelo Teu amor.