Em uma gestação regular que dura nove meses, a mulher pode sentir um pouco de desconforto e até alguns enjoos, mas sem muitas complicações. Entretanto, no momento que as águas se romperem e às contrações iniciarem, a futura mãe sentirá dores constantes e pulsantes, ela sentirá uma agonia inexplicável que alcança todas as partes do seu corpo. Porém, ao se dar conta de que em poucos instantes ela terá seu filho em seus braços, esse sofrimento corpóreo se torna uma fonte de alegria pura, um gozo eufórico e essa aflição passa a ser seu maior prazer sentido.
Em Isaías 66:9, o profeta relata “Não causarei dor sem permitir que nasça algo novo, diz o Senhor”. Pois bem, metaforicamente falando, assim como uma gestante, muitas vezes precisaremos passar por uma “dor” para chegarmos ao propósito que nos espera. Em sua soberania, Deus permite situações angustiantes acontecerem em nossas vidas para que dali possa nascer algo novo. Deus nos ama tanto, que Ele não suporta que nos enraizemos no nosso próprio conforto, de fato Ele quer nos tirar da nossa caixinha e nos fazer ir mais alto e mais profundo.
Paulo, em uma de suas cartas, nos alerta que neste mundo passaremos por tribulações, mas com Deus ao nosso lado teremos esperança e assim desenvolveremos um caráter aprovado para enfim conseguir enfrentar os problemas e dificuldades.
Uma das frases que mais me toca do autor C. S. Lewis é “A dor insiste em ser atendida. Deus nos sussurra em nossos prazeres, fala em nossas consciências, mas grita em nossas dores. É o seu megafone para despertar um mundo surdo.” Quando você estiver ouvindo Deus gritar no teu sofrimento, preste atenção, pois Ele quer transformar essa dor em um propósito maravilhoso.