Porque, justamente eu, tenho de ser a responsável?

Por que, justamente eu, tenho de ser a responsável?

Blog By jun 16, 2014

Porque, justamente eu, tenho de ser a responsável?

Resolvi dividir o 6º capítulo do livro Preocupações de Elizabeth George em duas partes. No post de hoje irei dizer como me sentia antes de reler este capítulo e no próximo irei falar sobre o que devemos fazer para acabar com esse tipo de preocupação.

Os meus posts normalmente não nascem e nem passam pelo papel, são criados online e permanecem online, mas hoje eu me dei o luxo de parar tudo, e quando eu digo tudo é tudo mesmo, incluindo desligar notebook e celular. Peguei um caderno velho, uma caneta, meus livros, bíblia e me pus diante de Deus, me derramando e me reentregando à Ele.

Muitas vezes eu me vejo sobrecarregada e nesses momentos paro para analisar minha vida. Nos últimos tempos passei por uma crise dessas bem grandes. Além de me perguntar como eu daria conta de tudo eu me sentia sufocada, minhas ações estavam só e diretamente ligada as pessoas.

Explicarei alguns pontos da minha vida para que, talvez, você consiga entender o contexto em que eu me encontrara:

  • Costumo ser intensa e super protetora demais – com tudo e todos que tenho algum laço;
  • Já citei minhas irmãs em outros posts, tenho três irmãs. Uma mais velha, e as duas mais novas que caminham comigo em Cristo. Eu sempre tentei ser uma boa irmã e depois da conversão delas eu me senti mais responsável ainda por elas;
  • Permiti, ao longo da vida, que as pessoas me dissessem o que fazer;
  • Trabalho; Faço faculdade; Ajudo meus pais nos negócios da família;
  • Estou à frente de um grupo Célula; Faço discipulados;
  • Gosto de dedicar tempo a alvos evangelísticos e novos na fé;
  • Adoro e não abro mão de jantar com minhas amigas;

Por ser muito intensa, a linha para minhas qualidades de transformarem em defeitos é muito pequena. Eu sei que é uma qualidade que Deus me deu ouvir, me preocupar e tentar ajudar as pessoas, mas é rapidinho para o problema da pessoa preocupar mais a mim que a ela mesma. Sei também que é uma qualidade ser disposta e estar disponível para ajudar no que precisam, mas acabo dando minhas mãos para muitas coisas, e quando vejo, falta mão.

Três ou quatro semanas atrás eu estava numa crise gigante. Conversei com algumas pessoas… Sabe o que ouvi? “Tu sabe que é tu que tem que mudar as coisas”, “tu sabe que o problema é tu”. Sim, a culpada de as pessoas esperarem muito de mim, sou eu. Sim, a culpada de estar tão aflita é minha. Eu simplesmente esqueci que tinha um Cara do meu lado, esperando que eu largasse o fardo pra Ele, mas eu, ao contrário, diminuía meu tempo para Ele em função de todas as tarefas que eu estava carregando.

Na verdade, o maior peso não é o número de tarefas e sim a responsabilidade que você deixa que joguem para você. Eu estava levando a responsabilidade dos meus pais para com minhas irmãs, mas ninguém pediu isso, eu simplesmente resolvi viver isso, sem saber o que era o melhor, sem saber se era o que Deus queria. Quando eu caí em mim, conversei com quem tinha que conversar, e simplesmente tirei uma tonelada das minhas costas.

“Jesus está do seu lado – cuidando de você, amando-a, guiando você e acalmando seu coração.”

Obviamente as coisas demoram um pouco para se ajeitar, mas agora que tá tudo com Ele, meu corpo e minha alma está bem mais leve. No próximo post falarei sobre o que eu fiz para conseguir este alívio e quais os exemplos que a Bíblia nos dá sobre essas preocupações.

Lembre-se:

“Todo o amanhã tem duas alças. Nós podemos segurá-lo pela alça da ansiedade, ou pela alça da fé.” Henry Ward Beecher


Essa série de posts é um resumo do livro Preocupação, de Elizabeth George, publicado pela editora Hagnos. Cada post resume um capítulo e você pode adquirir o livro para conferir os assuntos com maiores detalhes clicando na referência abaixo.

Referência: GEORGE, Elizabeth. Preocupação – um hábito que pode ser quebrado [tradução Iara Vasconcellos]. São Paulo: Hagnos, 2011.

Sobre Paloma Pena

Teimosa, intensa, super protetora, eterna criança, aprendiz de engraçada.

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