O poder de uma cicatriz

O poder de uma cicatriz

Blog By out 19, 2016

O poder de uma cicatriz

Quando éramos crianças, quem de nós não se lembra daquela caída bruta contra o concreto? Da batida da cabeça contra a porta? Da tropeçada durante uma corrida? Dos hematomas que surgiam do nada? Creio que seja um fato universal que nós nos machucamos no passado, e continuamos nos machucando e sofrendo. Essas feridas deixam uma cicatriz e nos recordamos de uma memória, talvez uma experiência cheia de mágoa, de tristeza e de sofrimento. Porém, a presença da cicatriz prova, acima de tudo, que esse trauma foi superado, que o ferimento uma vez exposto agora está sarado.

Pensando nesse assunto, há uma história bíblica que tem como tema central cicatrizes.

Logo após que Jesus ressuscitou, quando ele foi se encontrar com os discípulos, Tomé não se encontrava com os mesmos. Num dado momento ele aparece e os outros relatam que haviam visto o Senhor. Entretanto, ele fala:

“(…) ‘Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei’.” – João 20:25b (NVI)

Passaram-se oito dias e novamente os discípulos estavam juntos com Tomé. No momento que Jesus aparece, Ele diz a Tomé:

“E Jesus disse a Tomé: “Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia”. Disse-lhe Tomé: “Senhor meu e Deus meu!” Então Jesus lhe disse: “Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram”.” – João 20:27-29 (NVI)

O teólogo Jonas Madureira considera que Tomé exigiu ver as feridas de Cristo para comprovar sua identidade, e da mesma forma, as nossas feridas e o nosso sofrimento estão ligados à nossa identidade de uma maneira inseparável. A relação entre o sofrimento e a nossa identidade é a relação de uma rosa com a sua cor, com o seu vermelho. Assim como o escarlate dá o tom à rosa, nossas feridas dão o tom à nossa identidade.

É certo que as cicatrizes revelam uma linda história. Jesus nem sequer encobriu as suas cicatrizes, pois elas foram feridas curadas. As nossas cicatrizes são símbolos de que Deus está nos restaurando e nos tornando parecidos com Ele. O sofrimento que enfrentamos é necessário para nos moldar na imagem de Cristo, e para testemunhar ao mundo de que servimos a um Deus vivo, a um Deus maravilhoso, a um Deus que morreu por nós e suportou as diversas chagas para nos salvar da lei, da morte e do pecado.

Gostaria de finalizar encorajando todos os que estão lendo esse post, inclusive a mim, a não desistirmos mediante as dificuldades, a não abandonarmos o Salvador. Ele nunca nos desapontou. Não se sinta sozinho. Não se sinta desesperado. Lance o teu fardo sobre aquele que tem poder para salvar, tenha esperança no Dono da esperança, e seja como Paulo, que no findar de sua vida, enuncia as seguintes palavras:

“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” – 2 Timóteo 4:7 (NVI)

Sobre Louise Sebben

Enamorada de risadas, de brincadeiras, de línguas estrangeiras, de viagens sem rumo e principalmente de açaí, de alfajor e de um bom chimarrão. Jesus é minha canção, o amor é meu instrumento, a bíblia é minha partitura e o céu é minha pista de dança.

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Enamorada de risadas, de brincadeiras, de línguas estrangeiras, de viagens sem rumo e principalmente de açaí, de alfajor e de um bom chimarrão. Jesus é minha canção, o amor é meu instrumento, a bíblia é minha partitura e o céu é minha pista de dança.