“Eu quero, eu amo, eu sou, eu faço, eu tenho eu, eu, eu…!”
Muitos de nós estamos cheios: com a carteira cheia, com o roupeiro cheio, com a barriga cheia, com o ego cheio e mesmo assim nos sentimos vazios. “Mas Sofia, você não acabou de dizer que muitos estão cheios? Como podemos estar vazios então?”
Isso deve-se ao fato de que o ser humano está tão obcecado com si mesmo e com as suas próprias coisas que isso acaba enchendo seu coração, na medida em que não há mais lugar para Deus e para as coisas eternas. Isso é visível uma vez que trocamos nosso momento de oração pelo Facebook, trocamos nosso tempo na igreja por uma ida ao shopping, trocamos a comunhão com os irmãos em Cristo para ficar assistindo futebol, olhamos mais tempo para o espelho do que para a Bíblia.
De fato, estamos mais “pés no chão”, do que “pé no céu”. Calma, não estou dizendo que fazer essas outras coisas é errado; porém, quando colocamos nossas vidas acima de Deus, realmente podemos ver que a frase do Pr. Alton Trimble faz sentido:
“Deus está à procura de recipientes vazios para preencher. Podemos estar tão cheios de nós mesmos que Deus não consegue colocar nada lá dentro”.
Como podemos resolver isso?
Uma das passagens que eu considero mais lindas da Bíblia, relata a história de um homem que se esvaziou de si mesmo. Esse homem foi JESUS! Em Filipenses 2:5-11 diz:
“Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” – Filipenses 2:5-11 (NVI)
Vejam só como Paulo nos exorta a termos a mesma atitude de Cristo. De esvaziarmos a nós mesmos e de humilharmos a nós mesmos. Outra passagem, em João 3:30, diz que “é necessário que ele cresça e que eu diminua” (NVI).
Para que Cristo cresça e que eu diminua temos que nos esvaziar: de nossas vontades, de nossas vidas carnais, desta “terra”, de nós mesmos e da nossa essência humana. Nos esvaziamos de nós mesmos quando nos constrangemos na presença de Deus e quando admitimos que Ele é o centro, não nós. Nos esvaziamos de nós mesmos quando pensamos nas coisas do alto (que são eternas) e não nas coisas terrenas (que são passageiras). Se esvazie e deixe Cristo agir na sua vida!