Ela tinha um ventre adormecido. Sem vida, estéril, incapaz de realizar o propósito pelo qual fora criado: gerar. Ela tinha um ventre adormecido.
Ela tinha um ventre adormecido. Sem vida, estéril, incapaz de realizar o propósito pelo qual fora criado: gerar. Ela tinha um ventre adormecido.
Ele me esperou desde o primeiro dia. Disse que, por me amar, me queria no tempo certo. Era um sábado à noite em 2013 quando um pedido de namoro aconteceu, cheio de sonhos e promessas, cheio de mistérios e surpresas. Foram tantas orações!
Tem um sentimento aqui, É novo, não entendo… Mas creio! Um sentimento cada vez mais perto, Arrebatador, liberto.
Eram muitos painéis coloridos. Em verde, em vermelho, com gráficos para cima, para baixo, na diagonal, pequenos, grandes, infinitos. Todo aquele movimento me era estranho, afinal, nunca tinha entrado em uma bolsa de valores. – Conhecer o mundo através de filmes não é sempre uma boa decisão – pensei.
Mais um dia aqui já começou, Preparada para o futuro estou, Deitada penso nos leões que terei de enfrentar. Uma lágrima sinto então rolar, Percebo o Teu amor me alcançar Descanso e sigo ao perceber Tua misericórdia me cercar.
O dia estava num tom de cinza agradável. Eu, que sempre me senti incomodada pelo sol ardendo em minha pele – apesar de ser apaixonada pelo calor – via naquele clima um momento perfeito para colocar cada pensamento no lugar.
Começou com um burburinho quando estava em Jericó. – Ele passará por aqui! Jesus está se aproximando! Olhe aquela multidão: é pelo Rabi que eles estão clamando! Meus olhos não podiam ver o milagre que estava vindo em minha direção. As vozes aumentavam o volume, e dentro de mim pulsava um coração cada vez mais ardente. Ardia a presença dEle…
Grande multidão o acompanhava. Queriam ver de perto seus milagres, suas obras, seus feitos. Todos com a mesma motivação: Ter a unção de Deus, e não o Deus da unção! Queriam alimento que perecia, queriam água que não matava a sede. Talvez por isso que, quando aquele homem se aproximou, Ele deu ouvido ao seu clamor.
Naquela manhã, bem cedo, corri até a borda do rio e, estirada no chão, olhava para o céu, para o reflexo que fazia na água e para dentro de mim. Aquele reflexo parecia tão… Deformado. Conforme o agitar das águas, percebia que cada vez mais me distanciava do que eu era antes. Aos meus olhos, estava como uma aberração! Completamente…
Sozinha naquele quarto, olhava curiosa para as caixinhas que estavam à minha frente. Dentro de mim, um turbilhão de emoções. Dúvidas que eram como mochilas pesadas em minhas costas, me impediam de prosseguir… Até que decidi abri-las.