Você pode decidir se terá um tempo de luto. Também pode decidir se vai simplesmente ignorar o que te aconteceu. Mas tem algo que você não pode fazer: esquecer que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer.
Você pode decidir se terá um tempo de luto. Também pode decidir se vai simplesmente ignorar o que te aconteceu. Mas tem algo que você não pode fazer: esquecer que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer.
Tá aí uma expressão que eu demorei para entender. “É necessário” soa tão desesperador no começo.
Esse não é um post tradicional da coluna Entre Nós. É um desabafo. Hoje pela manhã, quando acordei, me senti impotente, calada e extremamente fragilizada. Jurei para mim que finalmente escreveria sobre minha experiência abusiva. Que Deus me ajude a terminar.
Você pode ler esse post ouvindo a música: Sê Valente – Marcos Almeida Não eram dias fáceis. Ainda assim, eram dias necessários.
Tic tac. Tic tac tic tac tic tac. Tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac. CHEGA! Aquele barulho me agoniava os sentidos.
Eu estava cansada demais. Tinha trabalhado intensamente durante o dia e arrumado tempo para estudar à noite.
Hoje lembrei daquele menino, o Aylan. Lembrei do refugiado, do órfão, da vida que não será vivida pelo descaso de um coração egoísta.
Era a minha última apresentação naquele palco. Do camarim, podia ouvir a plateia se direcionando até a saída, com o barulho das vozes diminuindo a cada instante.
Isabel olhava seu reflexo em um balde de água. A barriga começava a apontar, o menino já mexera vez ou outra. Seu marido, tão quieto, com ela não podia conversar. Ela então conversava com João, fruto de seu ventre estéril, fruto da Criação. Quando Maria passou por sua porta, ela mal podia acreditar…
Estava conversando com um homem sobre a vida. O destino, esse maluco destino que dá tantas voltas e nem sempre nos deixa ficar. E esse homem sofreu tudo o que poderia suportar!